quinta-feira, 26 de outubro de 2017

ESPAÑOL

GRAMÁTICA: HETEROGÉNERICOS.




Os Heterogenéricos são substantivos que mudam de gênero de um idioma a outro, ou seja, têm gêneros diferentes em português e espanhol.

Os substantivos em espanhol e em português, por serem línguas muito próximas, costumam ter o mesmo gênero, porém nem sempre é assim.
Observemos algumas exceções.

01. Substantivos masculinos em espanhol e femininos em português.
el agua – a água
el arte – a arte
el árbol – a árvore
el aguardente – a aguardente
el análisis – a análise
el aprendizaje – a aprendizagem
el almacenaje – a armazenagem
el cartílado – a cartilagem
el chantaje – a chantagem
el coraje – a coragem
el garaje – a garagem
el vals – a valsa
el testigo – a testemunha
el color – a cor
el dolor – a dor
el orden – a ordem
el desorden – a desorden
el equipo – a equipe
el estreno – a estreia
el énfasis – a ênfase
el origen – a origem
el fraude – a fraude
el humo – a fumaça
el insomnio – a insônia
el margen – a margem
el matarón – a maratona
el rezo – a reza
el vértigo – a vertigem
el puente – a ponte
el viaje – a viagem
el linguaje – a linguagem
el paisaje – a paisagem
el engrenaje – a engrenagem
el origen – a origem
el cráter – a cratera
el pétalo – a pétala
el lavaplatos, el lavavajillas – a lava-louça
el manzano – a macieira
el cólico – a cólica
el tatuaje – a tatuagem
el homenaje – a homenagem
02. Substantivos femininos em espanhol e masculinos em português.
la a, la be – o a, o b
la alarma – o alarme
la baraja – o baralho
la brea – o breu
la costumbre – o costume
la cárcel – o cárcere
la cumbre – o cume
la leche – o leite
la miel – o mel
la legumbre – o legume
la nariz – o nariz
la radio – o rádio
la sal – o sal
la sangre – o sangre
la sonrisa – o sorriso
la protesta – o protesto
la hiel – o fel
la paradoja – o paradoxo
la risa – o riso
la señal – o sinal
la samba – o samba
la vislumbre – o vislumbre
la pesadilla – o pesadelo
la licuadora – o liquidificador
la computadora – o computador
la crema – o creme
la aspiradora de polvo – o aspirador de pó
la coz – o coice
la nada – o nada
Exemplos:
Él se cayó de la bicicleta y se rompió la nariz.
Ele caiu da bicicleta e quebrou o nariz.
El estreno de ese equipo de fútbol será el sábado.
A estreia desse tipo de futebol será no sábado.
Hoy el color del cielo está estupendo.
Hoje a cor do céu está estupenda.
El viaje a Sevilla fue muy rápido.
A viagem a Sevilha foi muito rápida.
Todas las tardes juega a la baraja con los amigos.
Todas as tarde ele joga baralho com os amigos.
Pásame la sal por favor.
Me passa o sal, por favor.
Dentro de un rato pasaremos por el puente.
Dentro de um instante passaremos pela ponte.
El humo de aquella fábrica está contaminando el aire.
A fumaça daquela fábrica está contaminando o ar.
La samba es un ritmo típicamente brasileño.
O samba é um ritmo tipicamente brasileiro.
Finalmente han puesto los corruptos en la cárcel.
Finalmente puseram os corruptos na cadeia.
Al pueblo español la alegría le corre por la sangre.
A alegria corre no sangue do povo espanhol.
La noche está oscura como la brea.
A noite está escura como um breu.
Tiene la costumbre de llamarme todas las semanas.
Ele tem o costume de me ligar todas as manhãs.
El desorden de las ropas me molesta.
A desordem das roupas me incomoda.
El árbol que está en el pátio lo plantó mi abuelo.
Foi meu avô que plantou a árvore que está no quintal.
La leche está en la nevera.
O leite está na geladeira.
Anoche tuve muchas pesadillas.
Ontem à noite tive muitos pesadelos.
Me gusta tomar leche con miel.
Gosto de tomar leite com mel.
Compré la crema que me pediste.
Comprei o creme que você me pediu.
Nos vemos prontito.


SIMULADO ENEM ABAIXO.





CIÊNCIAS HUMANAS

PROFESSOR AMADEU CARDOSO


CONTEÚDO: EXPANSÃO MARÍTIMA PORTUGUESA



Os portugueses foram os primeiros europeus a se lançar ao mar no período das Grandes Navegações Marítimas, nos séculos XV e XVI. No presente texto iremos abordar os motivos do pioneirismo português na conquista dos oceanos.
O primeiro motivo que levou os portugueses ao empreendimento das Grandes Navegações foi a progressiva participação lusitana no comércio europeu no século XV, em razão da ascensão de uma burguesia enriquecida que investiu nas navegações no intuito de comercializar com diferentes partes do mundo.

A centralização monárquica portuguesa aconteceu ainda no século XIV com a Revolução de Avis, Portugal foi considerado o primeiro reino europeu unificado, ou seja, foi o primeiro Estado Nacional da história da Europa. Além do fato da unificação portuguesa, a Revolução de Avis consolidou a força da burguesia mercantil que, conforme vimos acima, investiu pesadamente nas Grandes Navegações.

ITEM 01 - QUAIS OS MOTIVOS QUE PROVAM O PIONEIRISMO PORTUGUÊS NAS GRANDES NAVEGAÇÕES?

O que foram as grandes navegações?  
As grandes navegações foram um conjunto de viagens marítimas que expandiram os limites do mundo conhecido até então. Mares nunca antes navegados, terras, povos, flora e fauna começaram a ser descobertas pelos europeus. E muitas crenças passadas de geração a geração, foram conferidas, confirmadas, ou desmentidas. Eram crenças de que os oceanos eram povoados por animais gigantescos ou que em outros lugares habitavam seres estranhos e perigosos. Ou que a terra poderia acabar a qualquer momento no meio do oceano, o que faria os navios caírem no nada. 

ITEM 02 - O QUE FOI AS GRANDES NAVEGAÇÕES?

Os pioneiros 
Os dois primeiros países que possuíam essas condições favoráveis eram Portugal e Espanha.
Portugal, conhecedor de que as Índias (como genericamente era chamado o Oriente), ficava a Leste, decidiu navegar nessa direção, contornando os obstáculos que fossem surgindo. Optou pelo Ciclo Oriental.

Já a Espanha apostou no projeto trazido pelo genovês Cristóvão Colombo, que acreditava na ideia da esfericidade da terra, e que bastaria navegar sempre em direção do ocidente para se contornar a terra e se atingir as Índias. Era o Ciclo Ocidental. E a disputa estava iniciada entre os dois países. 

ITEM 03 -  QUAIS OS DOIS PAÍSES A SE LANÇAR NAS GRANDES NAVEGAÇÕES? 

O principal objetivo que os navegadores portugueses desejavam alcançar era dar a volta no continente africano, ou seja, realizar o périplo africano. Desta maneira, Portugal foi conquistando várias concessões na África. No ano de 1488, Bartolomeu Dias, navegador português, havia conseguido chegar ao Cabo da Boa Esperança, provando para o mundo que existia uma passagem para outro oceano. Finalmente, no ano de 1498, o navegador português Vasco da Gama alcançou as Índias; em 1500, outro navegador lusitano, Pedro Álvares Cabral, deslocou-se com uma grande frota de embarcações para fazer comércio com o Oriente, acabou chegando ao chamado ‘Novo Mundo’ - o continente americano.
Item 04 - Qual o objetivo dos portugueses?
item 05 - A PARTIR DO TEXTO E DAS EXPLICAÇÕES PODEMOS DIZER QUE O BRASIL FOI DESCOBERTO OU PODEMOS FALAR EM CHEGADA?


TEMA: O ENCONTRO COM OS INDÍGENAS E O INICIO DA COLONIZAÇÃO.

TRECHO DA CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA.
A carta de Pero Vaz de Caminha foi escrita com o objetivo de relatar ao rei de Portugal, dom Manuel I, os principais acontecimentos da expedição comandada por Pedro Álvares Cabral às Índias.
            A seguir, serão apresentados alguns trechos que se referem aos primeiros contatos dos portugueses com as populações indígenas e com as terras que deram origem ao nosso país.
            Leia com atenção os fragmentos selecionados e, em seguida, responda às questões propostas.


Trecho 1
            A pele deles é parda e um pouco avermelhada. Têm rostos e narizes bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem se preocupam em cobrir ou deixar de cobrir suas vergonhas mais do se que preocupariam em mostrar o rosto. E a esse respeito são bastante inocentes. Ambos traziam o lábio inferior furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, fino na ponta como um furador. (…)
            Os cabelos deles são lisos. E os usavam cortados e raspados até acima das orelhas. E um deles trazia como uma cabeleira feita de penas amarelas que lhe cobria toda a cabeça até a nuca (…).
            Parece-me gente de tal inocência que, se nós entendêssemos a sua fala e eles a nossa, eles se tornaria, logo cristãos, visto que não aparentam ter nem conhecer crença alguma. Portanto, se os degredados que vão ficar aqui aprenderem bem a sua fala e só entenderem, não duvido que eles, de acordo com a santa intenção de Vossa Alteza, se tornem cristãos e passem a crer na nossa santa fé. Isso há de agradar a Nosso Senhor, porque certamente essa gente é boa e de bela simplicidade. E poderá ser facilmente impressa neles qualquer marca que lhes quiserem dar, já que Nosso Senhor lhes deu bons corpos e bons rostos, como a bons homens. E creio que não foi sem razão o fato de Ele nos ter trazido até aqui.

ITEM 05- COMO PERO VAZ DE CAMINHA DESCREVE OS POVOS QUE VIVIAM NAS TERRAS DO NOVO MUNDO?









quarta-feira, 25 de outubro de 2017

SOCIOLOGIA

INTERPRETANDO O BRASIL.

CONCEITO DE IDENTIDADE NACIONAL.

Para estudar o passado de um povo, de uma instituição, de uma classe, não basta aceitar ao pé da letra tudo quanto nos deixou a simples tradição escrita. É preciso fazer falar a multidão imensa dos figurantes mudos que enchem o panorama da história e são muitas vezes mais interessantes e mais importantes do que os outros, os que apenas escrevem a história.
Sérgio Buarque de Holanda

SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA E SUA OBRA RAÍZES DO BRASIL.


As décadas de 1920 e 1930 foram de intensa atividade intelectual e artística no Brasil. Foi nessas duas décadas que, segundo muitos estudiosos, o Brasil foi “redescoberto”, isto é, novas formas de interpretar a nossa identidade e singularidade ante às outras civilizações foram desenvolvidas, tanto no âmbito da literatura quanto no âmbito da história e das chamadas “ciências sociais”. A Semana de Arte Moderna de 1922 e o Movimento Regionalista, de Pernambuco, foi um dos marcos desse esforço interpretativo sobre o que vem a ser o Brasil. Nessa eferverscência de ideias, um livro tornou-se um marco: “Raízes do Brasil”, do paulista Sérgio Buarque de Holanda, no qual é desenvolvido o fundamental conceito de “homem cordial”.
Como o próprio título do livro indica, “Raízes do Brasil”, publicado em 1936 pela editora José Olympio, é uma obra que tem por objetivo investigar o que fundamenta a história do Brasil, de seu povo e de suas instituições mais peculiares, como a família patriarcal, formada durante o período da Colônia. Vale dizer que esses temas também interessaram a outro grande intelectual brasileiro, contemporâneo de Sérgio, o pernambucano Gilberto Freyre, cujas obras “Casa Grande & Senzala” (1933) e “Sobrados e Mucambos” (1936) são fundamentais para se pensar a formação do Brasil.
O HOMEM CORDIAL.
O livro é dividido em sete partes, intituladas: “Fronteiras da Europa”, “Trabalho & Aventura”, “Herança Cultural”, “O semeador e o Ladrilhador”, “O Homem Cordial”, “Novos Tempos” e “Nossa Revolução”. A parte em que é desenvolvido o conceito de “homem cordial” é uma das que mais revelam as intuições de Sérgio Buarque. O conceito foi extraído de uma carta do escritor paulista Ribeiro Couto endereçada ao também escritor mexicano Alfonso Reyes. A expressão “cordial” não indica, ao contrário do que se pensa, apenas bons modos e gentileza. Cordial vem do radical latino “cordis” (cujo significado mais remoto é cordas), isto é, relativo a coração.

O homem cordial, segundo Sérgio Buarque, precisa expandir o seu ser na vida social, precisa estender-se na coletividade – não suporta o peso da individualidade, precisa “viver nos outros”. Essa necessidade de apropriação afetiva do outro pode ser notada, a título de exemplo, até em expressões linguísticas. Sérgio Buarque cita o sufixo “inho”, colocado em palavras como “senhorzinho” (“sinhozinho”), que revela a vontade de aproximar o que é distante do nível do afeto. O “homem cordial” é, portanto, um artifício, um ardil psicológico e comportamental, que está encrustado em nossa formação enquanto povo. É por isso que Sérgio Buarque diz, também, que: “a contribuição brasileira para a civilização será o homem cordial”.
ASSISTA O VÍDEO ABAIXO.

O PATRIMONIALISMO


patrimonialismo é a característica de um Estado que não possui distinções entre os limites do público e os limites do privado. Foi comum em praticamente todos os absolutismos. ... Como o termo sugere, o Estado acaba se tornando um patrimônio de seu governante.



PATRIMONIALISMO O FAMOSO NEPOTISMO.
  • Nepotismo e personalismo político
Nesse sentido, é frequente no patrimonialismo o aparecimento de fenômenos sociopolíticos como o nepotismo (palavra que vem do latim nepos e que quer dizer descendente). A prática do nepotismo consiste em familiares de um determinado detentor de cargo público (prefeito, deputado, presidente etc.) serem beneficiado por ele, que lhes emprega, valendo-se da influência que tem, em cargos públicos auxiliares: assessoria, secretaria etc. O Estado, nesse sentido, é compreendido como uma extensão do foro privado de quem ocupa um posto político.

ENEM.
ITEM 01 - 
Em sociedade de origens tão nitidamente personalistas como a nossa, é compreensível que os simples vínculos de pessoa a pessoa, independentes e até exclusivos de qualquer tendência para a cooperação autêntica entre os indivíduos, tenham sido quase sempre os mais decisivos. As agregações e relações pessoais, embora por vezes precárias, e, de outro lado, as lutas entre facções, entre famílias, entre regionalismos, faziam dela um todo incoerente e amorfo. O peculiar da vida brasileira parece ter sido por essa época, uma acentuação singularmente enérgica do afetivo, do irracional, do passional e uma estagnação ou antes uma atrofia correspondente das qualidades ordenadoras, disciplinadoras, racionalizadoras.
HOLANDA, S. B. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia das Letras, 1995.
Um traço formador da vida pública brasileira expressa-se, segundo a análise do historiador, na
a) rigidez das normas jurídicas.
b) prevalência dos interesses privados.
c) solidez da organização institucional.
d) legitimidade das ações burocrátivas.
e) estabilidade das estruturas políticas.

ITEM 02 - A formação do Brasil e a identidade do brasileiro foram bastante discutidas no início do século XX pelos sociólogos brasileiros Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Júnior. A respeito das análises de Freyre, em seu livro “Casa Grande e Senzala”, é correto afirmar:

 a)
Criou uma tipologia para estudar a formação do Brasil e do brasileiro, dando ênfase explicativa ao tipo aventureiro do português em detrimento do tipo semeador.


 b)
Fez um estudo da colonização portuguesa, descrevendo a formação da família patriarcal brasileira, dando especial importância à miscigenação como traço cultural.


 c)
Observou que a cordialidade do povo brasileiro lhe dificultava o reconhecimento da moderna impessoalidade nas relações sociais.


 d)
Utilizou o materialismo dialético como chave explicativa dos fatos sociais que condicionavam o destino do país.


 e)
Tratou da decadência do patriarcado rural e do crescimento das elites urbanas no Brasil.


Item 03 - Explique o conceito de cordialidade segundo o historiador Sergio Buarque Holanda.

Item 04 - O que o historiador Sérgio Buarque de Holanda define por patrimonialismo?

PARA CASA.




SOCIOLOGIA

1º ano.                                         PROFESSOR: AMADEU CARDOSO



→ O que é Poder?
Em seu significado mais geral, a palavra Poder indica a capacidade de ação ou de produzir efeito. Nessa perspectiva, o Poder pode ser entendido tanto no sentido social, isto é, nas relações dos seres humanos em sociedade, em que passa a ter um sentido muito mais específico, quanto sob uma perspectiva instrumental, que diz respeito à capacidade do ser humano de controlar a natureza e seus recursos. Em seu sentido social, a ideia de Poder está conectada à possibilidade ou à capacidade geral de agir, à habilidade de um indivíduo de determinar o comportamento de outro indivíduo. Nesse sentido, o ser humano não é apenas o sujeito capaz de exercer poder, mas é também objeto sobre o qual o poder é exercido.

Ideia de poder segundo Max Weber Poder para Weber significa a probabilidade de impor a própria vontade dentro de uma relação social, mesmo que contra toda a resistência e qualquer que seja o fundamento dessa probabilidade. Quando Weber fala em fundamento, ele se refere a certos recursos necessários para a legitimação desse poder. Em outras palavras, é preciso ter alguma coisa a mais em relação aos outros para que se possa “mandar”.

→ O que é Política?
conceito de política é bastante abrangente quando associado ao campo das ações dos sujeitos de uma sociedade. Alguns autores consideram que toda ação de mediação de conflito realizada no meio social que não lance mão de violência física é um ato político. Por outro lado, outras perspectivas definem política como ações ou atividades que são realizadas dentro da esfera de ação do Estado, isto é, do conjunto de instituições ordenadoras de um governo. Outra das mais discutidas e debatidas interpretações do termo política é a do jurista alemão Carl Shmitt, que enxerga a política como uma relação amigo-inimigo entre aqueles que estão envolvidos.

TEMPOS MODERNOS E A NOVA ORDEM DA POLITICA.

Pensamento Político de Maquiavel

pensamento político de Maquiavel precisa ser analisado dentro do contexto do final da Idade Média, onde o antropocentrismo estava sendo retomado como visão predominante (homem no centro de todas as coisas). Essa visão permitiu o nascimento de uma nova ideia política, onde a liberdade republicana surgiria contra o poder político teológico de papas e imperadores.
Nicolau Maquiavel chama a atenção por defender que o poder, a honra e a glória são bens que devem ser perseguidos e valorizados, ao contrário da ideia restrita de virtude cristã angelical (livre de tentações). O homem de virtú poderia conseguir bens na terra e deveria lutar por isso, sem ficar almejando recompensas exclusivamente celestiais.  A moral não poderia ser um limitador da prática política. O pensamento político de Maquiavel se apoia no conceito de que a estabilidade da sociedade e do governo precisam ser conseguidos a todo o custo.

Sua obra o Príncipe: 
Maquiavel é o primeiro defensor da autonomia da esfera política, sobretudo em relação à moral e a religião, quer dizer, fora de qualquer preocupação de ordem moral e teológica e foi o primeiro pensador a fazer distinção entre a moral pública e a moral particular. “Maquiavel sustenta que a vida política tem exigências próprias, particulares, que não podem subordinar aos imperativos, pretensamente universais, tanto da moralidade cristã quanto do humanismo estóico (Cícero e Sêneca)” (KRITSCH, 2001, p. 185). Não se trata de excluir ou recusar de forma radical os valores da moral cristã, mas de considerar que não se pode adotar princípios ou valores absolutos em qualquer época ou lugar e que é preciso levar em consideração o contexto em que uma ação está sendo realizada. No âmbito da política não há como estabelecer valores morais absolutos, pois para alcançar os resultados almejados é preciso agir de acordo com as circunstâncias. “Política e moral, portanto, pertencem a sistemas éticos diferentes. Uma ética individual pode produzir santos. Mas não produz a política [...] A ação política tem objetivos e condições de eficácia que não se confundem com as condições da ação individual” (KRITSCH, 2001, p. 186 – grifo da autora)


Leia mais: http://www.portalconscienciapolitica.com.br/filosofia-politica/filosofia-moderna/o-principe/maquiavel/


Assista o vídeo sobre O Príncipe de Maquiavel.


https://www.youtube.com/watch?v=D5W4KyMMFyM

Resumo.

O Príncipe (em italiano, Il Principe) é um livro escrito por Nicolau Maquiavel em 1512, cuja primeira edição foi publicada postumamente em 1532. Trata-se de um pequeno manual da conduta de príncipes, no mesmo estilo do Institutio Principis Christiani de Erasmo de Roterdã: descreve as maneiras de conduzir-se nos negócios públicos internos e externos, e fundamentalmente, como conquistar e manter um principado.Maquiavel deixa de lado o tema da República que será mais bem discutido nos Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio. Em vista da situação política italiana no período renascentista, existem teorias de que o escritor, tido como republicano, tenha apontado o principado como solução intermediária para unificar a Itália, após o que seria possível a forma republicana.O tratado político possui 26 capítulos, além de uma dedicatória a Lorenzo II de Médici (1492?1519), Duque de Urbino. Através de conselhos, sugestões e ponderações realizadas a partir de acontecimentos anteriores na esfera política das principais localizades de então, o livro pretendia ser uma forma de ganhar confiança do duque, que lhe concederia algum cargo. No entanto, Maquiavel não alcança suas ambições.É neste livro que surge a famosa expressão os fins justificam os meios, significando que não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se como autoridade. Alguns cursos de administração de empresas fazem leituras aparentemente deturpadas de tal obra, afirmando que, se uma empresa for gerida considerando as metódicas análises do autor, a mesma conseguiria prosperar no mercado. 
Maquiavel começa o livro com uma dedicatória ao Magnífico Lourenço de Médicis, oferecendo-lhe o livro e as faculdades de sabedoria que, a Maquiavel, venho a conhecer em anos e com incômodos perigos.Do capítulo 1 ao 15, descreve as formas de poder e os dois principais tipos de governo: as monarquias e as repúblicas.No capítulo 15, Maquiavel escreve sobre como um príncipe deve proceder ante seus súditos e amigos, explicando que para manter-se adorado é necessário que o líder saiba utilizar os vícios e das virtudes necessárias, fazendo o que for possível para garantir a segurança e o bem-estar.No capítulo 16 é explicado ao príncipe como cuidar de suas finanças, para não ser visto como gastador, e levar o povo à pobreza, cobrando muitos impostos para manter-se rico. O autor diz que o melhor é ser visto como miserável, pois com este julgamento ele poderá ser generoso quando bem entender, e o povo irá se acostumar com isso. Os príncipes que vão junto ao exército atacar e saquear outras cidades devem ser generosos com seus soldados, para que esses continuem sendo fiéis e motivados.No capítulo 17, defende que é melhor um príncipe ser temido do que amado, mostrando que as amizades feitas quando se está bem, nada dura quando se faz necessário, sendo que o temor de uma punição faz os homens pensarem duas vezes antes de trair seus líderes. Diz também que a morte de um bandido apenas faz mal a ele mesmo, enquanto a sua prisão ou o seu perdão faz mal a toda a comunidade. O líder deve ser cruel quanto as penas com as pessoas, mas nunca no caráter material ? As pessoas esquecem mais facilmente a morte do pai, do que a perda da herança?.No capítulo 18, Maquiavel argumenta que o governante deve ser dissimulado quando é necessário, porém nunca deixando transparecer sua dissimulação. Não é necessário, a um príncipe, possuir todas as qualidades, mas é preciso parecer ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso já que as vezes é necessário agir em contrário a essas virtudes, porém é necessário que esteja disposto a modelar-se de acordo com o tempo e a necessidade.No capítulo 19, o autor defende que o príncipe faça coisas para não ser odiado, como não confiscar propriedades, não demonstrar avidez ou desinteresse.Do capítulo 20 ao 23, explica como o líder deve controlar e o que deve fazer para manter seu povo feliz, mantendo distância dos bajuladores, e controlando seus secretários.No capítulo 24 explica porque os príncipes italianos perderam seus estados e como fazer para que isso não aconteça. Quando se é atacado, deve-se estar preparado para defender e nunca se deve ?cair apenas por acreditar encontrar quem te levante? já que isso só irá acontecer se os invasores forem falhos.Nos últimos capítulos explica como tomar a Itália e como se manter na linha entre a fortuna e Deus dizendo que os líderes devem adaptar-se ao tempo em que vivem, para manter-se no poder por mais tempo.O livro retrata a experiência de Maquiavel em analisar as estruturas de um governo, oferecendo ao Príncipe Lorenzo de Médici uma forma de manter-se permanentemente no poder, sem ser odiado por seu povo.

http://resumos.netsaber.com.br/resumo-45604/o-principe

Os conceitos de Virtù e Fortuna

Na obra O príncipe, Virtù e Fortuna são dois conceitos que a permeiam. Vamos entender esses dois conceitos?
Quando Maquiavel afirma que o príncipe deve ser virtuoso, ele não usa o conceito cristão de virtude, mas o conceito pré-socrático, onde a virtude é força, planejamento, capacidade de se impor. Neste sentido, virtù é a qualidade do homem que o capacita a realizar grandes obras e feitos, é o poder humano de efetuar mudanças e controlar eventos, em suma, é o pré-requisito da liderança.
virtù contrapõe à fortuna, porque esta é o acaso, o curso da história, o fatalismo. Isto é, se na virtù trata-se da capacidade do príncipe em controlar as ocasiões e acontecimentos do seu governo, das questões do principado, na fortuna está relacionada às circunstâncias, ao tempo presente e às necessidades.

ATIVIDADE.


ENEM 2010  QUESTÃO 30


O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe,
São Paulo: Martin Claret, 2009.
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante.
A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na
  1. A
     
    inércia do julgamento de crimes polêmicos.
  2. B
     
    bondade em relação ao comportamento dos mercenários.
  3. C
     
    compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.
  4. D
     
    neutralidade diante da condenação dos servos.
  5. E
     
    conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.

ENEM 2012  QUESTÃO 31


Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).
Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao
  1. A
     
    valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo.
  2. B
     
    rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. 
  3. C
     
    afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.
  4. D
     
    romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.
  5. E
     
    redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.



VAMOS ANALISAR AS CHARGES.
ITEM 01 - A charge faz referencia a qual país? Faça uma critica sobre a politica do Brasil.

ITEM 02 - Por que a mãe não apoia o filho em seu sonho?

ITEM 03 - Visite o site abaixo.


Como estava organizada a democracia grega?

Item 04 - Faça uma analise da letra da musica de Gabriel o Pensador. O cantor faz uma critica  ao que?



Item 05 - O site abaixo leva você direto para um poema. Vamos lá!


Quais estrofes chamou mais sua atenção e por que?




Resolução

QUESTÃO 01 - Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi o fundador da ciência política moderna e o primeiro a teorizar o absolutismo europeu. Acreditava que, para manter a paz na sociedade, o governante poderia ter atitudes tirânicas, ele é o autor da célebre frase “os fins justificam os meios”. O pensamento de Maquiavel foi utilizado largamente no período moderno para justificar o poder dos reis absolutistas.
ITEM 02 - O texto de Maquiavel se relaciona ao pensamento político renascentista ao ressaltar o domínio do livre-arbítrio sobre a sorte. Dessa maneira, Maquiavel apresenta o princípio básico defendido pelos renascentistas que era a utilização da razão como principal instrumento para compreender o universo e a natureza.