quarta-feira, 25 de outubro de 2017

SOCIOLOGIA

1º ano.                                         PROFESSOR: AMADEU CARDOSO



→ O que é Poder?
Em seu significado mais geral, a palavra Poder indica a capacidade de ação ou de produzir efeito. Nessa perspectiva, o Poder pode ser entendido tanto no sentido social, isto é, nas relações dos seres humanos em sociedade, em que passa a ter um sentido muito mais específico, quanto sob uma perspectiva instrumental, que diz respeito à capacidade do ser humano de controlar a natureza e seus recursos. Em seu sentido social, a ideia de Poder está conectada à possibilidade ou à capacidade geral de agir, à habilidade de um indivíduo de determinar o comportamento de outro indivíduo. Nesse sentido, o ser humano não é apenas o sujeito capaz de exercer poder, mas é também objeto sobre o qual o poder é exercido.

Ideia de poder segundo Max Weber Poder para Weber significa a probabilidade de impor a própria vontade dentro de uma relação social, mesmo que contra toda a resistência e qualquer que seja o fundamento dessa probabilidade. Quando Weber fala em fundamento, ele se refere a certos recursos necessários para a legitimação desse poder. Em outras palavras, é preciso ter alguma coisa a mais em relação aos outros para que se possa “mandar”.

→ O que é Política?
conceito de política é bastante abrangente quando associado ao campo das ações dos sujeitos de uma sociedade. Alguns autores consideram que toda ação de mediação de conflito realizada no meio social que não lance mão de violência física é um ato político. Por outro lado, outras perspectivas definem política como ações ou atividades que são realizadas dentro da esfera de ação do Estado, isto é, do conjunto de instituições ordenadoras de um governo. Outra das mais discutidas e debatidas interpretações do termo política é a do jurista alemão Carl Shmitt, que enxerga a política como uma relação amigo-inimigo entre aqueles que estão envolvidos.

TEMPOS MODERNOS E A NOVA ORDEM DA POLITICA.

Pensamento Político de Maquiavel

pensamento político de Maquiavel precisa ser analisado dentro do contexto do final da Idade Média, onde o antropocentrismo estava sendo retomado como visão predominante (homem no centro de todas as coisas). Essa visão permitiu o nascimento de uma nova ideia política, onde a liberdade republicana surgiria contra o poder político teológico de papas e imperadores.
Nicolau Maquiavel chama a atenção por defender que o poder, a honra e a glória são bens que devem ser perseguidos e valorizados, ao contrário da ideia restrita de virtude cristã angelical (livre de tentações). O homem de virtú poderia conseguir bens na terra e deveria lutar por isso, sem ficar almejando recompensas exclusivamente celestiais.  A moral não poderia ser um limitador da prática política. O pensamento político de Maquiavel se apoia no conceito de que a estabilidade da sociedade e do governo precisam ser conseguidos a todo o custo.

Sua obra o Príncipe: 
Maquiavel é o primeiro defensor da autonomia da esfera política, sobretudo em relação à moral e a religião, quer dizer, fora de qualquer preocupação de ordem moral e teológica e foi o primeiro pensador a fazer distinção entre a moral pública e a moral particular. “Maquiavel sustenta que a vida política tem exigências próprias, particulares, que não podem subordinar aos imperativos, pretensamente universais, tanto da moralidade cristã quanto do humanismo estóico (Cícero e Sêneca)” (KRITSCH, 2001, p. 185). Não se trata de excluir ou recusar de forma radical os valores da moral cristã, mas de considerar que não se pode adotar princípios ou valores absolutos em qualquer época ou lugar e que é preciso levar em consideração o contexto em que uma ação está sendo realizada. No âmbito da política não há como estabelecer valores morais absolutos, pois para alcançar os resultados almejados é preciso agir de acordo com as circunstâncias. “Política e moral, portanto, pertencem a sistemas éticos diferentes. Uma ética individual pode produzir santos. Mas não produz a política [...] A ação política tem objetivos e condições de eficácia que não se confundem com as condições da ação individual” (KRITSCH, 2001, p. 186 – grifo da autora)


Leia mais: http://www.portalconscienciapolitica.com.br/filosofia-politica/filosofia-moderna/o-principe/maquiavel/


Assista o vídeo sobre O Príncipe de Maquiavel.


https://www.youtube.com/watch?v=D5W4KyMMFyM

Resumo.

O Príncipe (em italiano, Il Principe) é um livro escrito por Nicolau Maquiavel em 1512, cuja primeira edição foi publicada postumamente em 1532. Trata-se de um pequeno manual da conduta de príncipes, no mesmo estilo do Institutio Principis Christiani de Erasmo de Roterdã: descreve as maneiras de conduzir-se nos negócios públicos internos e externos, e fundamentalmente, como conquistar e manter um principado.Maquiavel deixa de lado o tema da República que será mais bem discutido nos Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio. Em vista da situação política italiana no período renascentista, existem teorias de que o escritor, tido como republicano, tenha apontado o principado como solução intermediária para unificar a Itália, após o que seria possível a forma republicana.O tratado político possui 26 capítulos, além de uma dedicatória a Lorenzo II de Médici (1492?1519), Duque de Urbino. Através de conselhos, sugestões e ponderações realizadas a partir de acontecimentos anteriores na esfera política das principais localizades de então, o livro pretendia ser uma forma de ganhar confiança do duque, que lhe concederia algum cargo. No entanto, Maquiavel não alcança suas ambições.É neste livro que surge a famosa expressão os fins justificam os meios, significando que não importa o que o governante faça em seus domínios, desde que seja para manter-se como autoridade. Alguns cursos de administração de empresas fazem leituras aparentemente deturpadas de tal obra, afirmando que, se uma empresa for gerida considerando as metódicas análises do autor, a mesma conseguiria prosperar no mercado. 
Maquiavel começa o livro com uma dedicatória ao Magnífico Lourenço de Médicis, oferecendo-lhe o livro e as faculdades de sabedoria que, a Maquiavel, venho a conhecer em anos e com incômodos perigos.Do capítulo 1 ao 15, descreve as formas de poder e os dois principais tipos de governo: as monarquias e as repúblicas.No capítulo 15, Maquiavel escreve sobre como um príncipe deve proceder ante seus súditos e amigos, explicando que para manter-se adorado é necessário que o líder saiba utilizar os vícios e das virtudes necessárias, fazendo o que for possível para garantir a segurança e o bem-estar.No capítulo 16 é explicado ao príncipe como cuidar de suas finanças, para não ser visto como gastador, e levar o povo à pobreza, cobrando muitos impostos para manter-se rico. O autor diz que o melhor é ser visto como miserável, pois com este julgamento ele poderá ser generoso quando bem entender, e o povo irá se acostumar com isso. Os príncipes que vão junto ao exército atacar e saquear outras cidades devem ser generosos com seus soldados, para que esses continuem sendo fiéis e motivados.No capítulo 17, defende que é melhor um príncipe ser temido do que amado, mostrando que as amizades feitas quando se está bem, nada dura quando se faz necessário, sendo que o temor de uma punição faz os homens pensarem duas vezes antes de trair seus líderes. Diz também que a morte de um bandido apenas faz mal a ele mesmo, enquanto a sua prisão ou o seu perdão faz mal a toda a comunidade. O líder deve ser cruel quanto as penas com as pessoas, mas nunca no caráter material ? As pessoas esquecem mais facilmente a morte do pai, do que a perda da herança?.No capítulo 18, Maquiavel argumenta que o governante deve ser dissimulado quando é necessário, porém nunca deixando transparecer sua dissimulação. Não é necessário, a um príncipe, possuir todas as qualidades, mas é preciso parecer ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso já que as vezes é necessário agir em contrário a essas virtudes, porém é necessário que esteja disposto a modelar-se de acordo com o tempo e a necessidade.No capítulo 19, o autor defende que o príncipe faça coisas para não ser odiado, como não confiscar propriedades, não demonstrar avidez ou desinteresse.Do capítulo 20 ao 23, explica como o líder deve controlar e o que deve fazer para manter seu povo feliz, mantendo distância dos bajuladores, e controlando seus secretários.No capítulo 24 explica porque os príncipes italianos perderam seus estados e como fazer para que isso não aconteça. Quando se é atacado, deve-se estar preparado para defender e nunca se deve ?cair apenas por acreditar encontrar quem te levante? já que isso só irá acontecer se os invasores forem falhos.Nos últimos capítulos explica como tomar a Itália e como se manter na linha entre a fortuna e Deus dizendo que os líderes devem adaptar-se ao tempo em que vivem, para manter-se no poder por mais tempo.O livro retrata a experiência de Maquiavel em analisar as estruturas de um governo, oferecendo ao Príncipe Lorenzo de Médici uma forma de manter-se permanentemente no poder, sem ser odiado por seu povo.

http://resumos.netsaber.com.br/resumo-45604/o-principe

Os conceitos de Virtù e Fortuna

Na obra O príncipe, Virtù e Fortuna são dois conceitos que a permeiam. Vamos entender esses dois conceitos?
Quando Maquiavel afirma que o príncipe deve ser virtuoso, ele não usa o conceito cristão de virtude, mas o conceito pré-socrático, onde a virtude é força, planejamento, capacidade de se impor. Neste sentido, virtù é a qualidade do homem que o capacita a realizar grandes obras e feitos, é o poder humano de efetuar mudanças e controlar eventos, em suma, é o pré-requisito da liderança.
virtù contrapõe à fortuna, porque esta é o acaso, o curso da história, o fatalismo. Isto é, se na virtù trata-se da capacidade do príncipe em controlar as ocasiões e acontecimentos do seu governo, das questões do principado, na fortuna está relacionada às circunstâncias, ao tempo presente e às necessidades.

ATIVIDADE.


ENEM 2010  QUESTÃO 30


O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe,
São Paulo: Martin Claret, 2009.
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante.
A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na
  1. A
     
    inércia do julgamento de crimes polêmicos.
  2. B
     
    bondade em relação ao comportamento dos mercenários.
  3. C
     
    compaixão quanto à condenação de transgressões religiosas.
  4. D
     
    neutralidade diante da condenação dos servos.
  5. E
     
    conveniência entre o poder tirânico e a moral do príncipe.

ENEM 2012  QUESTÃO 31


Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).
Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao
  1. A
     
    valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo.
  2. B
     
    rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos. 
  3. C
     
    afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.
  4. D
     
    romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.
  5. E
     
    redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.



VAMOS ANALISAR AS CHARGES.
ITEM 01 - A charge faz referencia a qual país? Faça uma critica sobre a politica do Brasil.

ITEM 02 - Por que a mãe não apoia o filho em seu sonho?

ITEM 03 - Visite o site abaixo.


Como estava organizada a democracia grega?

Item 04 - Faça uma analise da letra da musica de Gabriel o Pensador. O cantor faz uma critica  ao que?



Item 05 - O site abaixo leva você direto para um poema. Vamos lá!


Quais estrofes chamou mais sua atenção e por que?




Resolução

QUESTÃO 01 - Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi o fundador da ciência política moderna e o primeiro a teorizar o absolutismo europeu. Acreditava que, para manter a paz na sociedade, o governante poderia ter atitudes tirânicas, ele é o autor da célebre frase “os fins justificam os meios”. O pensamento de Maquiavel foi utilizado largamente no período moderno para justificar o poder dos reis absolutistas.
ITEM 02 - O texto de Maquiavel se relaciona ao pensamento político renascentista ao ressaltar o domínio do livre-arbítrio sobre a sorte. Dessa maneira, Maquiavel apresenta o princípio básico defendido pelos renascentistas que era a utilização da razão como principal instrumento para compreender o universo e a natureza. 





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